sexta-feira, 2 de outubro de 2020

ROMANCE AS MENINAS DO CORONEL DE ARAMIS RIBEIRO COSTA

 

Aramis Ribeiro Costa traz seu mais recente romance, As Meninas do Coronel, pela Editora Via Litterarum. Vide site: 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

AS MENINAS DO CORONEL - UM ROMANCE DE PRIMEIRA PARA QUEM AMA LER ROMANCES DE PRIMEIRA




   Gerana Damulakis                                                         
 As Meninas do Coronel é um romance alentado, mas isto não é tudo. Aliás, é o começo, pois não poderia ser diferente em se tratando de um grande romance. Para Aramis Ribeiro Costa o gênero romance não apresenta qualquer dificuldade, ele domina completamente a estrutura, tem a precisão conceitual do gênero como poucos. Afora a certeza de que o leitor encontrará realmente um romance, há a elegância estilística deste autor que, sem dúvida, é um dos grandes escritores que faz da Bahia seu cenário. Com uma trama fundada no luto - a perda do pai coronel - as quatro filhas têm a vida pela frente, tanto para enfrentar, quanto para conquistar, de acordo com a personalidade de cada uma, ainda que, no início, apresentem uma busca pelo lugar que pode ser ocupado. A narrativa é muito bem concatenada - claro, a leitura de uma produção assinada por ARC  garante e confirma a mão de mestre. O romance, como chamam os ingleses quando há um caso de amor - romance novel -, fica por conta de um homem amado por duas das filhas do coronel. Aqui, prefiro não deixar spoiler, porém coloco minha confirmação de que vale muito a pena adentrar o universo d'As Meninas do Coronel.  
Confissão: li ainda nos originais e considero As Meninas do Coronel um dos meus romances inesquecíveis, a ponto de ter pena de quem não fizer tal leitura. 

As Meninas do Coronel pode ser encontrado para venda no site da Editora Via Litterarum:


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A AUTORIA DA EXPRESSÃO "NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO"

   Busto de Cneu Pompeu

                                                 Varsóvia


                                                         Cantidiano Lustosa


-Tempus fugit!, dizia Julius Caesar, o imperador romano. Os silos de Roma estão ficando vazios!

    A essa época, Roma vivia sob o Triunvirato* com Caius Julius  Caesar,  Marcus Licínius Crasso e Cneu Pompeu. Este gozava de grande prestigio popular em razão de suas conquistas bélicas, mormente na Sicília. Os membros da nobreza, Césares e Senadores, não poderiam permanecer desabastecidos de pão, farinha, grãos e cereais, pois que, esses produtos constituíam a base alimentar de toda Roma.

    Eis que o divino Caesar ordena a um de seus generais a tomada de providências rápidas, porque Roma não pode passar fome. Era o século I A.C., ano 56. O general Pompeu, genro de Júlio César, é convocado para uma audiência com o divino Caesar que lhe diz textualmente para organizar e comandar navios rumo a alguns de seus domínios em busca de trigo. Seguiriam para a região da costa d’África,  Egito e Gália, importantes centros produtores e fornecedores de Roma. Ao confrontar os marinheiros para a empreitada, estes mostraram-se reticentes e receosos com a longa e tenebrosa viagem, sabendo que enfrentariam águas perigosas, o ataque de piratas ao passarem pela costa do continente africano e ainda pelos cabos de regiões tormentosas banhadas pelas águas do Pacifico. Não havia instrumentos de navegação como bússolas ou astrolábios. Tudo era empírico, na base da experiência dos pilotos da época que simplesmente observavam o posicionamento das estrelas, o humor do mar e dos ventos. Ao ouvir as alegações dos receosos marujos o astuto general Pompeu, numa tentativa de encorajar os tripulantes proferiu : - “Navigare  necesse; vivere non est necesse”.

    Parece que os marinheiros romanos previam o que escreveria Luiz Vaz de Camões muitos anos depois em Os Lusíadas, nas estrofes de 39 a 48, onde menciona a audácia dos portugueses em navegar por aqueles mares, descobrindo o Cabo da Boa Esperança. Um horrendo gigante de tamanho descomunal como um novo Colosso de Rhodes, de postura medonha e má, bradando que tomará contra quem o descobriu, crua vingança. Naves serão destruídas e males de toda sorte serão a eterna vingança, que o mal menor de cada um seja a morte.

   Tudo por Roma e pelo divino imperador. Valeria o sacrifício da vida para saciar as necessidades alimentícias do império onde as elites esbanjavam, nos banquetes, tudo com enorme sacrifício dos súditos? Navegar para prover de suprimentos  seria mais importante do que preservar  a vida? O que pretendeu dizer o general com sua afirmativa? “ Navegar é necessário; viver não é necessário”.

   Pois bem, já no século XIV, o poeta italiano Francesco Petrarca traduziu e modificou a expressão: -Navegar é preciso; viver não é preciso”. Será que em  havendo uma necessidade imperiosa para se conseguir algo, mesmo em nome da pátria, a não ser numa guerra declarada, essa necessidade suplantaria a vida? Certamente que não. Petrarca estava correto na sua afirmação, dando um sentido diferente à célebre frase do General Pompeu, embora o sentido pareça o mesmo na sua tradução. Deduz-se que é preciso, é necessário navegar para obter-se o abastecimento da cidade. Por outro lado, o ato de navegar obedece regras  precisas, quase matemáticas, já que depende de cálculos de longitudes, altitude dos astros e estrelas, previsões meteorológicas e velocidade dos ventos. Viver não é preciso porque a vida é nalguns aspectos imprevisível, não está associada  a  cálculos matemáticos.  Não é exata. Sabemos quando nascemos, mas não temos certeza do quanto viveremos, quando chegará a hora do último suspiro.

    “Navegar é preciso; viver não é preciso”. Slogan da Escola de Sagres em Portugal.

   No meu  modesto  entender, esse é o verdadeiro sentido do pensamento do poeta Petrarca, em contraponto ao que disse o general Pompeu.

   O poeta português, Fernando Pessoa, imaginou a frase dando um sentido de grandeza humanística. Que o sacrifício de sua própria vida poderia ser possível, até mesmo como combustível de uma fogueira, desde que em benefício da humanidade.

 fevereiro 2019

Cantidiano Lustosa é odontólogo. Escreve contos e crônicas.


 

 

 

 

 


domingo, 8 de dezembro de 2019

NA POSSE DE EDVALDO BRITO NA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA

Gerana Damulakis

Os confrades Marcus Vinícius Rodrigues e eu na posse do novo acadêmico Edvaldo Brito. 

POSSE DE EDVALDO BRITO NA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA

Gerana Damulakis

Na posse de Edvaldo Brito na Academia de Letras da Bahia, no dia 29 de novembro de 2019, os confrades Aleilton Fonseca, Fredie Didier e eu conduzimos o novo membro para adentrar o auditório e receber o colar acadêmico das mãos do confrade Paulo Furtado e o diploma acadêmico do presidente da ALB, Joaci Goés.

Foto: os acadêmicos Aleilton Fonseca, Marcus Vinícius Rodrigues, Gerana Damulakis.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A SEGUNDA EDIÇÃO DE A NOTA DE ROSÁLIA, DE ARAMIS RIBEIRO COSTA

ARAMIS RIBEIRO COSTA 
- A NOTA DE ROSÁLIA - 2ª EDIÇÃO

Aramis Ribeiro Costa tem seu primeiro livro de contos reeditado. A Nota de Rosália ganhou revisão do autor que, durante o trabalho, pode observar o quanto as linhas mestras de sua ficção já se faziam presentes. Na época em que foi lançado, 1989, A Nota de Rosália era o quinto livro do autor. Já esta segunda edição é simplesmente o vigésimo quinto título de Aramis Ribeiro Costa. O prazer da leitura é o mesmo seja qual for o título, seja qual for o gênero (poesia, conto, novela, romance), porque sempre encontramos em Aramis Ribeiro Costa um escritor que é mestre do ofício.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

POSSE DO ACADÊMICO MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES NA ALB


Na foto: o escritor Marcus Vinícius Rodrigues adentrando o auditório da Academia de Letras da Bahia, sendo conduzido pelos acadêmicos Gerana Damulakis, Carlos Ribeiro e Aleilton Fonseca para receber o colar das mãos do presidente Joaci Góes.